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Seminário iniciado hoje (29), em Salvador, visa contribuir com a formação de profissionais da saúde sobre a temática étnico-racial, de gênero e sexualidade

Para tornar os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) mais inclusivos, o Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Escola de Saúde Pública da Bahia (ESPBA), promove, a partir desta segunda-feira (29) até quarta-feira (31), em Salvador, um amplo diálogo com escolas de saúde, universidades e movimentos sociais para discutir ações que possam contribuir para uma melhor formação sobre a temática étnico-racial nos processos de formação inicial, continuada ou permanente.

Com o tema “1° Seminário em Relações Étnico-Raciais, Gênero e Sexualidade em Saúde: Reconstruindo Caminhos”, o evento reúne representantes também das secretarias de Saúde e Igualdade Racial da Bahia, das universidades do Estado da Bahia (Uneb), Federal da Bahia (UFBA), Federal do Recôncavo da Bahia, de Brasília (UnB), de Salvador (UNIFACS), além da Associação de Mulheres Indígenas do Extremo Sul da Bahia, Rede de Mulheres Negras de Direitos Humanos, Fundação Nacional de Enfermeiros, entre outras.

O encontro tem como objetivo fomentar a discussão sobre como as temáticas das relações étnico-raciais, de gênero e de sexualidade têm sido abordadas nas ações de educação permanente e nos cursos de formação técnica, graduação e pós-graduação em saúde.

Programação


A programação do evento inclui debates e rodas de conversa para o debate de propostas sobre a formação em saúde e é voltada para estudantes, trabalhadores e gestores da área, pesquisadores, conselheiros, docentes, representantes de movimentos sociais, instituições de ensino, e das áreas de direito e comunicação em saúde.

O chefe da Assessoria para Equidade Racial em Saúde do ministério, Luís Eduardo Batista, explica que um dos objetivos do encontro é discutir estratégias e compartilhar iniciativas que visam tornar os atendimentos do SUS mais inclusivos e melhorar a qualificação dos profissionais, especialmente nas periferias.

"A ideia é que nessa estratégia ampla de enfrentamento ao racismo, a gente introduza essa temática na formação dos estudantes que vão se tornar profissionais de saúde ou que já são profissionais e continuam estudando. Vamos incluir essa temática nas disciplinas, nos cursos e nos processos de formação, inclusive nos cursos apoiados pelo Ministério da Saúde. Ou seja, formar profissionais com um olhar de equidade”, destaca Luís.

Para a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, o seminário é um marco simbólico de retomada das pautas sociais pelo Ministério da Saúde. “A Fiocruz tem historicamente lutado contra todo tipo de violência, pois, como a nossa ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma, "racismo faz mal à saúde", lembrou. “Nossa luta inclui a promoção da diversidade e da equidade racial. Hoje, unimo-nos à Bahia para organizar e construir espaços de diálogo que nos permitam enfrentar as dificuldades históricas”, destacou Fabiana.

Próximos passos


Segundo Batista, este primeiro encontro em Salvador servirá como piloto para os demais seminários que serão realizados em todas as regiões do país, com a participação de pessoas que têm incluído o tema étnico-racial nos processos de formação, visando consolidar uma orientação para as instituições de ensino e os processos de formação realizados pela pasta da Saúde.

Além de promover o diálogo sobre a pauta, o ponto alto da programação será uma carta aberta com recomendações a serem enviadas às instituições responsáveis pela formação em saúde e contribuirá para a implementação das seguintes políticas: Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra; Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis; Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas; Política Nacional de Educação Permanente em Saúde; e a Política Estadual de Educação Permanente em Saúde.

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