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Saúde Indígena | MS: Após visita ao HU-UFGD, gestores da Ebserh discutem melhorias na saúde com lideranças indígenas em Dourados

Coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação e Diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação da Ebserh conheceram a Reserva Indígena de Dourados

Representantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) visitaram nesta segunda-feira (16) a Reserva Indígena de Dourados, no Mato Grosso do Sul, para um encontro com lideranças locais. Estiveram presentes a Dra. Cristiane Carvalho Santos Melo, Diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação, e Felipe Santa Rosa Roitberh, Coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação, que vieram à região com o objetivo de conhecer as instalações do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), ligado à Rede Ebserh, e discutir as necessidades de saúde da comunidade indígena.

A reunião realizada na Escola Estadual Indigena Guateka Marçal De Souza também envolveu gestores do HU-UFGD - hospital referência em saúde indígena na região -, profissionais de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que atendem a comunidade, lideranças das Aldeias Jaguapiru e Bororó, que englobam a maior reserva indígena de Mato Grosso do Sul, localizada em Dourados, onde vivem 13.473 indígenas, conforme o Censo do IBGE 2022. Participou também do encontro o coordenador especial de assuntos indígenas do município, Rezembrink Martins de Lima.

O Coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação da Ebserh, Felipe Santa Rosa Roitberh, destacou a importância do encontro e o compromisso da estatal com a saúde indígena. "É um prazer vir à Grande Dourados, especialmente para conhecer o HU-UFGD e a aldeia indígena adstrita. Esse momento marca uma aproximação ainda maior e reforça o compromisso da sede da Ebserh em oferecer apoio e entender melhor como atuar nesta região. Nós entendemos na Ebserh que a saúde indígena é prioridade, e isso dá suporte ao SUS, à vida e ao cidadão", afirmou.

A Dra. Cristiane Carvalho Santos Melo ressaltou a necessidade de articulação entre os diferentes entes do Sistema Único de Saúde (SUS). "Nós, do HU-UFGD, podemos contribuir com residências, ensino e pesquisa, trazendo apoio para as equipes da atenção básica da comunidade. O apoio matricial é um dos pontos fortes dessa conversa, e também podemos contribuir com a experiência que toda a equipe do HU-UFGD tem na saúde pública", disse.

Conforme o psiquiatra e gerente de Ensino e Pesquisa do HU-UFGD, Dr. Thiago Pauluzi Justino, a reunião proporcionou a realização de um levantamento para compreender as demandas de saúde, tanto preventivas quanto assistenciais. "Queremos trabalhar com matriciamento em saúde mental, psiquiatria, endocrinologia e cardiologia, para melhorar os atendimentos e reduzir a fila de espera dessas especialidades. Então, a gente já está com uma agenda para começar essa atividade nos próximos meses e vamos levantar mais especialistas que querem trabalhar também nesse projeto de tele-matriciamento, de matriciamento dentro do hospital universitário para trazer uma atenção especializada", afirmou Dr. Paluzi.

A enfermeira Jacqueline Cristina do Santos Fioramonte, coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde com ênfase em Atenção em Saúde Indígena do HU-UFGD, destacou a importância da rede Ebserh na formação de residentes. "Estar aqui com representantes da pesquisa e da extensão fortalece a residência quando pensamos em trabalhos em rede. Escutamos as demandas da comunidade e voltamos aos nossos locais de trabalho para refletir, construir e planejar juntos."

Rezembrink Martins de Lima, coordenador especial de assuntos indígenas do município de Dourados, enfatizou a importância da aproximação entre gestores hospitalares e a comunidade indígena. "As maiores demandas aqui são nas especialidades de obstetrícia, psiquiatria e psicologia. A presença dos gestores da Ebserh é fundamental para garantir um atendimento de qualidade”, afirmou.

“Nós temos os programas de iniciação científica e tecnológica hoje com bolsas dedicadas para a população indígena para que aumente também a representatividade daqueles que fazem pesquisa em prol da causa indígena e igualmente estamos desenhando em conjunto com a CAPES a oportunidade de pensar se num futuro não muito distante a gente pode também vislumbrar bolsas de pós -graduação em saúde indígena”, acrescentou o Coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação da Ebserh, Felipe Santa Rosa Roitberh.

Na reserva, os representantes da Ebserh também visitaram da casa de reza indígena denominada Gwyra Nhe’engatu Amba, acompanhados pelo Ñaderu Getúlio Juca. A casa é uma referência social e cultural para os indígenas Guarani e Kaiowá na reserva de Dourados. Ao final da visita, as demandas apresentadas durante o encontro na reserva foram levadas também ao pró-reitor de Ensino de Graduação da UFGD, Prof. Dr. Etienne Biasotto, fortalecendo ainda mais a articulação e o compromisso das instituições com a saúde indígena.

Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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