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Casos de suicídios e automutilações estão acontecendo com frequência entre crianças e adolescentes

 
Por ausência de estruturas físicas, dificuldades para formar professores especializados e outras questões que passam pela escassez de investimentos públicos e privados, a educação indígena se tornou um problema no Rio de Janeiro. Indicadores nacionais mostram que é uma das piores do país, o que obriga os jovens a saírem do estado para estudar ou abandonarem os estudos. Quando decidem sair das aldeias, os indígenas fazem uma aposta para escrever um futuro, mas deixam suas raízes, suas origens, suas histórias. Os parentes ficam desestabilizados.

Produzindo uma série de matérias sobre os indígenas no Rio de Janeiro, o DIÁRIO DO RIO esteve, em agosto de 2023, na maior aldeia do estado, a Sapukai, em Angra dos Reis. Lá, na presença de diversos órgãos públicos estaduais e municipais (inclusive das pastas de educação), um grupo de jovens guaranis se manifestou, através de uma carta destinada à secretária estadual de educação, Roberta Barreto, pedindo uma escola de ensino médio para eles. No local há ensino fundamental, mas quando os alunos alcançam a idade para fazer o ensino médio precisam sair da aldeia ou parar de estudar.
 
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