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O Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (PPGSC-UnB) incorporou uma nova linha de estudos, a Pesquisa Translacional em Saúde Coletiva (PTSC). Ao todo, seis professores do mestrado e doutorado orientarão nessa linha. Os interessados poderão ingressar a partir do segundo semestre de 2017.

O Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (PPGSC-UnB) incorporou uma nova linha de estudos, a Pesquisa Translacional em Saúde Coletiva (PTSC). Ao todo, seis professores do mestrado e doutorado orientarão nessa linha. Os interessados poderão ingressar a partir do segundo semestre de 2017.

De acordo com a chefe do Departamento de Saúde Coletiva e coordenadora do PPGSC, professora Leonor Pacheco, o objetivo principal da PTSC é colocar em prática estudos – desde os laboratoriais como imunologia, genética e vetores de doenças como chagas, leishmaniose, malária e dengue, até os clínicos e de intervenções na saúde pública – que possam resultar em programas e políticas de saúde.

Ainda conforme Leonor, dois alunos de doutorado do PPGSC já realizam pesquisa com essa temática. “Um deles está trabalhando com a equidade no acesso a equipamentos, pois não adianta criar novas tecnologias se a população não tiver acesso”, afirma Leonor. Para ela, os pesquisadores justificam seus trabalhos por acreditarem que trarão benefícios para a saúde dos indivíduos. “E é um grande desafio fazer com que haja o retorno do dinheiro investido em pesquisa para a sociedade”.

Quando atuou na Secretaria de Ciência e Tecnologias e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), a professora percebeu a importância desse tipo de estudo pois, segundo ela, há uma grande dependência tecnológica do Brasil em relação ao exterior como, por exemplo, a fabricação de medicamentos com processos importados de laboratórios estrangeiros, além do fato de não ter uma linha de produção de equipamentos nacionais. Por isso, a chefe do departamento firmou parceria com um grupo da Engenharia Biomédica da UnB e conta com a colaboração de docentes da Biotecnologia e da Medicina para a linha de pesquisa.

Há ainda o interesse em buscar a colaboração do Programa de Pesquisa Translacional da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a Rede Nacional de Pesquisas Clínicas (RNPC), que foi ampliada, em 2009, para 32 hospitais de ensino, incluindo o Hospital da Universidade de Brasília (HUB).

Outros países já adotam a pesquisa translacional. Os Estados Unidos criaram, em 2012, a National Center for Advancing Translational Science, no mesmo ano o Translational Research Institute foi implantado na Austrália. Já o Reino Unido implementou, em 2015, Institute of Translational Medicine.

Leonor enfatiza, "a intenção é conseguir a aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS)" e para que isso aconteça, explica a professora, os resultados das pesquisas translacionais precisarão passar pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A comissão é responsável pela incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde no SUS, assim como a constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

Por Lorany Stefanny

Fonte: FS/UnB

 
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