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Saúde é destaque no XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional

A 14ª edição do Seminário LGBT do Congresso Nacional, realizada em Brasília no dia 13 de junho, teve como objetivo debater a importância da vida humana, com foco na população LGBT que é, constantemente, vítima de preconceito, violência e sofre com a discriminação da sociedade em quase todos os setores, incluindo saúde, educação e mercado de trabalho. O conservadorismo, os impactos das reformas constitucionais em curso no Brasil na garantia dos direitos da população LGBT e os desafios das discussões de gênero na escola também estiveram em pauta durante o encontro. 
 
Por Tamires Marinho
 
Promovido pelas comissões de Cultura; Direitos Humanos e Minorias; Educação; Legislação Participativa; Seguridade Social e Família, Trabalho, Administração e Serviço Público; Assuntos Sociais e Legislação Participativa, a 14ª edição do Seminário LGBT do Congresso Nacional, realizada em Brasília no dia 13 de junho, teve como objetivo debater a importância da vida humana, com foco na população LGBT que é, constantemente, vítima de preconceito, violência e sofre com a discriminação da sociedade em quase todos os setores, incluindo saúde, educação e mercado de trabalho. O conservadorismo, os impactos das reformas constitucionais em curso no Brasil na garantia dos direitos da população LGBT e os desafios das discussões de gênero na escola também estiveram em pauta durante o encontro. 
 
O evento, que neste ano abordou o tema "Transição Cidadã: Nossas Vidas Importam", foi marcado pela presença expressiva de Deputados e Deputadas Federais que se posicionaram a favor da defesa dos direitos da população LGBT, entre eles, Érika Kokay, Jean Wyllys, Paulão, Glauber Braga, Luiza Erundina, Jandira Feghali e Maria do Rosário. 
 
Também participaram do seminário lideranças de entidades de defesa dos direitos de transexuais, travestis, gays, lésbicas e bissexuais, entre elas o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat), a União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT), o Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Coletivo LGBT Sem Terra, a Associação Lésbica de Brasília Coturno de Vênus, o Fórum Nacional de Educação, a Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas (ABRAFH), a Rede Afro LGBT, além do Conselho Federal de Psicologia e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
 
Equidade 
 
A analista de políticas sociais do Departamento de Apoio à Gestão Participativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/SGEP/MS) Jéssica Rodrigues, destacou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Ministério da Saúde para garantir a promoção da equidade no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de políticas públicas, entre elas, a Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT, instituída pela Portaria nº 2.836, em dezembro de 2011. 
Jéssica revela que o preconceito e a discriminação ainda são os principais fatores que afetam diretamente a saúde mental da população LGBT e podem desencadear processos de adoecimento físico e psicológico.
 
Nesse sentido, a analista ressalta que a criação da Política está baseada na garantia do acesso à saúde para todos sem nenhum tipo de discriminação. "Quando dizem que nós estamos fragmentando o Sistema Único de Saúde e criando portas de entrada específicas, não é verdade. A gente quer ampliar todas as portas de entrada para que as pessoas LGBTs consigam acessar todos os serviços de saúde sem discriminação e sem preconceito institucional, para que elas sejam atendidas de forma digna e com qualidade".
 
A violência contra a população LGBT no SUS
 
Jéssica destaca uma iniciativa desenvolvida recentemente pelo DAGEP em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) que apresenta dados sobre a violência contra a população LGBT no intuito de incentivar a coleta dessas informações pelos serviços de saúde. 
Os dados são apresentados em um vídeo intitulado "Notificação de Violências contra a População LGBT na Saúde" e revela que só no ano de 2016 foram notificados nos sistemas de saúde 240 mil casos de violência. Desses, 4.608 foram contra gays, lésbicas e bissexuais. Outros 4.070 registros foram contra travestis, mulheres transexuais e homens transexuais. Já outros 865 casos foram motivados por homo, lesbo, bi e transfobia.  
 
Confira aqui o vídeo Notificação de Violências contra a População LGBT na Saúde.
 
É Tudo Nosso
 
A exposição “É tudo nosso”, inaugurada na noite do dia 13 de junho, faz parte da programação cultural do seminário e apresenta um pequeno recorte da produção de artistas do Distrito Federal e de outros estados que chamam atenção para os direitos básicos que são negados às minorias. São 18 artistas, como Christus Nóbrega, Alair Gomes, António Obá, Odinaldo Costa, João Henrique, Léo Tavares e Rosa Luz, com trabalhos em fotografia, vídeo-performance, pinturas, arte eletrônica e desenho.
A mostra, que tem curadoria de Clauder Diniz, transita entre o erotismo, a denúncia, o ativismo, o afeto e a poesia, e pode ser vista na Casa da Cultura da América Latina (CAL), até o dia 28 de junho.
 
Para ter acesso a íntegra do XIV Seminário LGBT do Congresso Nacional "Transição Cidadã: Nossas Vidas Importam" acesse o canal da Câmara dos Deputados no YouTube
 
 
observarh2
 
 
Observatório da Saúde Indígena
 
Saúde LGBT
 
oiapss2
 
Educação, Equidade e Saúde
 
Estudos Comparados
 
Rede de Observatórios em Saúde e Equidade
 

Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

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