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Saúde Mental | Saúde mental, combate à discriminação e impacto das questões climáticas na saúde foram destaques na abertura do XV Encontro de ONG/Aids do Estado de São Paulo

O XV Encontro Estadual de Ong/Aids do estado de São Paulo (Eeong) teve início nesta quarta-feira (5), em São Paulo, com a presença de representantes da sociedade civil das Ongs associadas ao Foaesp, e membros da gestão do município e do estado de São Paulo.

O Eeong é um encontro propositivo e deliberativo sobre temas atuais do movimento de luta contra o HIV/aids, preparatório ao Encontro Regional de Ongs/aids (Erong) da região sudeste e ao Encontro Nacional de Ong/aids (Enong), e foi convocado e organizado pelo Foaesp e suas Ongs filiadas.
A primeira atividade do evento foi a mesa de abertura, seguida da leitura do regimento interno e do documento norteador do Enong, que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro. Em seguida, duas mesas discutiram o ativismo.

Na mesa de abertura, Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp, destacou a importância da realização do evento e lembrou de temas desafiadores, como orçamento, serviços especializados, fragmentação, descentralização, ações de prevenção e assistência, por exemplo. Pinheiro lembrou ainda da importância das frentes parlamentares e da discussão sobre o impacto das questões climáticas na saúde, tendo em vista as tragédias das enchentes no Rio Grande do Sul.

Sobre a oportunidade do encontro no Eeong, “pleno espaço de discussão política, e não de capacitação”, Américo Nunes Neto, do Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids (Mopaids), disse que é preciso “refletir, reavaliar e repensar condutas e comportamentos, e também mudanças em nosso ativismo, para construir uma nova história”. Neto pontuou que são muitas as inquietações e reivindicações, defendendo o ativismo plural e o aumento da incidência política. “Nosso oponente é o HIV, não podemos perder as poucas parcerias que temos, precisamos fortalecer e ressignificar o ativismo, sair da nossa bolha. O Foaesp somos todos nós”, disse.
Representando o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), Sílvia Almeida também falou sobre os desafios do movimento de luta contra o HIV/aids. A ativista lembrou a desigualdade social, a falta de medicamentos, o estigma e o preconceito, e destacou as dificuldades das Pessoas que Vivem com HIV/aids (PVHA) com lipodistrofia no estado para conseguirem realizar a cirurgia reparadora.

Eduardo Barbosa, representando a Rede Brasil de Pessoas Idosas Vivendo e Convivendo com HIV/aids, relembrou do recente encontro com ativistas durante a 28ª Parada LGBT+ de São Paulo, da importância das pessoas se testarem e se tratarem, e da possibilidade de viverem intensamente. Barbosa explicou que as PVHA estão envelhecendo, e este é um desafio que necessita de um olhar específico. “É preciso discutir as particularidades, pautar as questões do envelhecimento. Eu pude envelhecer, mas muitos dos meus amigos, não. Discutir o envelhecimento não é para fragmentar o movimento, pelo contrário, é para seguirmos juntos”, falou.

Em sua fala, Ana Paula Ornellas, da Rede de Jovens vivendo com HIV/aids, pontuou sobre a necessidade de acolhimento a jovens em situação de vulnerabilidade e que não conseguem acesso à saúde. A ativista lembrou ainda das questões importantes de saúde mental e discriminação, e da pouca visibilidade dada aos temas.
Maria Cristina Abbate, coordenadora de IST/HIV/aids do município de São Paulo, falou sobre estratégias, como ampliação do acesso e assistência. “As pessoas precisam s testar, conhecer suas condições de saúde. Se o resultado do teste for positivo, é necessário imediato acesso aos exames e medicamentos, e vincular as pessoas à rede especializada de serviços. É obrigação do profissional de saúde reter essa pessoa no serviço, para ter êxito na resposta”, disse, enfatizando a necessidade da qualidade na atenção.

Representando o Programa Estadual de IST/HIV/aids do estado de São Paulo, Rosa Alencar disse que as conquistas são do “coletivo”, destacando a queda das taxas de incidência e mortalidade no estado. Rosa Alencar afirmou que muitos pontos abordados na mesa devem ser levados para a reunião de Fórum de Dirigentes para o aprimoramento de políticas no estado. “Precisamos refletir juntos, para que possamos avançar nesse coletivo”, concluiu.

 
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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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