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Pesquisadoras da UnB participam do I Encontro Luso Brasileiro de Direito e Saúde na Paraíba

Sediado em João Pessoa/PB esta semana, o I Encontro Luso Brasileiro de Direito e Saúde foi promovido pela Defensoria Pública da Paraíba e coordenado pela defensora pública Maria dos Remédios Mendes Oliveira, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, por meio do Núcleo de Direito da Saúde, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Extensão Perspectivas e Desafios de Humanização do Direito Civil-Constitucional (IDCC), da Universidade Federal da Paraíba.

Na programação, a coordenadora do Programa de Direito Sanitário da Fiocruz/Brasília e referência em Mediação Sanitária, professora Maria Célia Delduque, proferiu palestra que trata da saúde coletiva e de como a mediação sanitária pode melhorar os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por Waléria Fortes

Sediado em João Pessoa/PB esta semana, o I Encontro Luso Brasileiro de Direito e Saúde foi promovido pela Defensoria Pública da Paraíba e coordenado pela defensora pública Maria dos Remédios Mendes Oliveira, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, por meio do Núcleo de Direito da Saúde, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Extensão Perspectivas e Desafios de Humanização do Direito Civil-Constitucional (IDCC), da Universidade Federal da Paraíba.

Na programação, a coordenadora do Programa de Direito Sanitário da Fiocruz/Brasília e referência em Mediação Sanitária, professora Maria Célia Delduque, proferiu palestra que trata da saúde coletiva e de como a mediação sanitária pode melhorar os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento foi proposto diante da necessidade de uma melhor compreensão do Sistema Único de Saúde e de sua operacionalidade efetiva, tendo por objetivo aprofundar o conhecimento do Direito à Saúde, bem como ampliar a percepção sobre as experiências científicas que utilizam pessoas e embriões humanos no campo do Direito Biomédico e os desafios para sua efetividade. Assim, visa a fortalecer a cooperação em matéria de direito à saúde nos países da lusofonia, fomentando a pesquisa jurídica em matéria de direito médico e responsabilidade dos profissionais da saúde, a fim de qualificar os profissionais dos países envolvidos na promoção e garantia de direitos.

 

Confira as entrevistas com Maria Célia Delduque e Maria dos Remédios Mendes de Oliveira.

Maria Célia Delduque é advogada com especialização em Direito Sanitário pela Universidade de São Paulo e doutora em Saúde Pública, com pós-doutorado em Direito Sanitário na Espanha pela Universidade de Cantábria. Pesquisa o mesmo tema na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Brasília), além de ser membro da Red Iberoamericana de Derecho Sanitario e da Health Law European Association, respondendo também, há dois anos, pela presidência da Associação Lusófona de Direito da Saúde.

Para a pesquisadora, o I Encontro Luso Brasileiro de Direito e Saúde é um marco regulatório do Direito Sanitário no Brasil e nos países lusófonos. “Certamente esse é um marco regulatório. Há muito tempo precisamos reunir os estudiosos do Direito à Saúde nos países falantes de português. Espero que muitos outros encontros aconteçam a partir deste primeiro”, declara Delduque.

Em sua trajetória acadêmica, quando você percebeu o seu engajamento pelo Direito Sanitário?

Maria Célia Delduque: Como sou jurista, desde 1988, com a nova Constituição, despertou em mim o desejo de estudar aquele direito novo, surgido no Art. 196. Busquei na USP uma pós-graduação, em 1997 e comecei a estudar.

Quais são as melhorias que a mediação sanitária trouxe ao SUS?

Maria Célia Delduque: Por enquanto, a contribuição da mediação para o SUS é acanhada, afinal, a Lei da Mediação, como o novo Código de Processo Civil, entrou em vigor em 2016. Mas a capacidade de resposta ao enfrentamento da judicialização pela mediação é enorme, e é o que vamos ver nos próximos anos.

Que desafios foram encontrados no Programa de Direito Sanitário?

Maria Célia Delduque: Muitos foram os desafios para a criação e consolidação do Direito Sanitário, desde a ausência de conhecimento desse novo ramo até falta de pessoal qualificado e recursos financeiros. Mas os desafios foram sendo superados, fazendo-se surgir novos. Acho que deve ser assim mesmo, uma permanente construção.

Qual é a importância desse evento para a comunidade e os usuários do SUS?

Maria Célia Delduque: O evento, além de trazer novidades no tema do Direito Sanitário, permitirá uma troca positiva de experiências e capacidades aos participantes, inclusive com participantes internacionais.

 

Maria dos Remédios Mendes de Oliveira é doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade de Brasília, em período sanduíche na Universidade de Coimbra, mestra em Saúde Coletiva pela Universalidade de Brasília, especialista em Direito Sanitário pela Fiocruz/Brasília e bacharela em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Paraíba.

Em sua trajetória acadêmica, quando você percebeu o seu engajamento pelo Direito Sanitário?

Maria dos Remédios Mendes: Sou defensora pública com atuação em Vara de Fazenda Pública, na qual são demandadas ações por bens e serviços de saúde. Ao ser apresentada à professora Maria Célia Delduque, tive conhecimento do Curso de Especialização em Direito Sanitário ofertado pela Fiocruz/Brasília. Fiz a especialização, me encantei com o direito à saúde, segui para o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva orientada pela Professora Maria Célia, que segue me orientando no doutoramento do mesmo programa e me possibilitou, na modalidade de doutorado sanduíche, aprofundar estudos na Universidade de Coimbra por sua Faculdade de Direito, em que fui orientada pelo professor André Pereira.

Quais são os benefícios trazidos à comunidade com a realização deste evento?

Maria dos Remédios Mendes: O evento nos proporciona uma melhor compreensão do Sistema Único de Saúde e de sua complexa operacionalidade. Com a melhor compreensão do sistema, passamos a oferecer uma qualificada assistência aos nossos jurisdicionados na tutela à saúde.

O que a cooperação entre países lusófonos trouxe de mais significativo no I Encontro?

Maria dos Remédios Mendes: Os países lusófonos que adotam o sistema de saúde pública muito têm se fortalecido com a troca de experiências, de modelos exitosos de políticas públicas no setor de saúde e práticas alternativas de resolução de conflitos.

Como a Defensoria Pública da Paraíba tem contribuído na área de Direito à Saúde?

Maria dos Remédios Mendes: A Defensoria Pública da Paraíba instituiu o Núcleo de Mediação Sanitária, que proporciona a resolução dos conflitos sanitários com celeridade e efetividade, contando com apoio técnico das secretarias municipais e estadual de saúde.

Quais foram os principais desafios encontrados nessa área de Direito à Saúde?

Maria dos Remédios Mendes: Ainda, o grande desafio do Direito a Saúde é sua efetividade e a falta de políticas públicas que garantam moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego, proporcionando ao indivíduo bem-estar físico, mental e social.

 
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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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