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OBSAM realiza encontro para capacitação de profissionais e lideranças de usuários e familiares para grupos de ajuda e suporte mútuos

O Observatório de Saúde Mental (OBSAM) do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP/UnB) sediou, na Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB), o encontro para capacitação de profissionais e lideranças de usuários e familiares para grupos de ajuda e suporte mútuos. O encontro contou com a presença de profissionais, familiares e usuários do serviço de saúde mental. O evento foi aberto com exposição de fotos, análise e dinâmica de grupo.

 

Por Waléria Fortes

O Observatório de Saúde Mental (OBSAM) do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP/UnB) sediou, na Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB), o encontro para capacitação de profissionais e lideranças de usuários e familiares para grupos de ajuda e suporte mútuos. O encontro contou com a presença de profissionais, familiares e usuários do serviço de saúde mental. O evento foi aberto com exposição de fotos, análise e dinâmica de grupo.

O grupo, que teve inspiração na proposta feita pelo Projeto Transversões da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já está funcionando em associações de usuários e familiares ou na rede de saúde mental de alguns municípios do país, como Rio de Janeiro, Alegrete (RS), Parnaíba (PI), e contando com experiências em Campinas e São Bernardo do Campo (SP). No município do Rio de Janeiro, a Superintendência de Saúde Mental assumiu um programa sob coordenação do prof. Eduardo Mourão Vasconcelos e supervisão do Projeto Transversões, da Escola de Serviço Social da UFRJ.

O objetivo dessa capacitação é valorizar a experiência de vida de cada um dos participantes do grupo como um todo, além de construir espaços de acolhimento, trocar experiências, apoio emocional e estimular a comunicação e livre expressão de sentimento.

A iniciativa teve suporte financeiro do Ministério da Saúde até 2014, o que possibilitou a montagem de projetos-piloto em vários locais do país, bem como a avaliação e a produção de manual e cartilha com recursos do convênio com o Ministério da Saúde e o Fundo Nacional de Saúde. Atualmente, esse suporte é de competência de cada município ou Secretaria de Estado. O material produzido é um apoio para usuários e familiares, no qual são disponibilizados desde informações básicas até sugestões de músicas para as reuniões, plano pessoal de ações para o bem-estar e recuperação, legislação e cartas de defesa de direitos no campo da saúde mental, além de depoimentos de pessoas com transtorno mental e outros problemas crônicos. Todo o material, após avaliação, foi adaptado à realidade brasileira. A cartilha e o manual possuem ilustração do artista plástico e usuário de serviço de saúde mental do Rio de Janeiro Henrique Monteiro da Silva.

Os grupos podem ser criados em qualquer lugar que acolha uma reunião comunitária que garanta sigilo e gere segurança. Esses grupos são trabalhados separadamente, levando em consideração o percurso metodológico de pessoas com sofrimento psíquico e de seus familiares. Além disso, busca-se propiciar um espaço de confiança e cumplicidade para o acolhimento, recriando uma rede de apoio social e troca de experiências sobre como lidar diariamente com o transtorno mental.

De acordo com Eduardo Mourão Vasconcelos, coordenador do projeto, a importância do grupo de ajuda mútua é a base de empoderamento dos usuários. “Aqui desenvolvemos a capacidade do usuário de trocar experiências, e vamos produzir o conhecimento de como lidar com a situação no dia-a-dia. E que os profissionais estimulem esse empoderamento e valorizem o conhecimento que têm”, afirma.

Diante da atual conjuntura política, as perspectivas do grupo para o futuro dependem das propostas da rede de saúde mental. Segundo Mourão, ao empoderar o usuário e o familiar, o profissional tem mais liberdade na atuação, o que gera voz e mostra para a sociedade, a imprensa e o legislativo o depoimento de vida de usuários. “Mesmo atravessando uma conjuntura difícil, o poder do depoimento ainda é muito importante na luta. Esse trabalho é uma resistência pela base”, concluiu o coordenador.

Para Maria Aparecida Gessi, coordenadora do Observatório de Saúde Mental, é fundamental trabalhar o protagonismo das pessoas. “Assumimos fazer esse curso com um compromisso muito maior, que é dar continuidade ao trabalho. Um comprometimento que exige do profissional capacitação. Vamos pactuar essa continuidade e pra isso é necessário comprometer-se”, declara Gessi.

 
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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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